quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

Das pequenas mortes






"Por que você permanece na prisão quando a porta está completamente aberta?"

Estou paralizada, parece que todo o tempo repito o mesmo padrão, de agir, de ser. Não sou ouvida porque não fui ouvida, vista. E porque seguir assim? Acordo todo o dia neste corpo de mulher, nesta alma de mulher e quando saio porta afora, este mundinho que vivo fere minha existência como mulher, como mãe. Eu ando com tantas máscaras para não causar nenhum estranhamento e conflito por aí, pois as pessoas não tem olhos para ver. Me sinto presa e não consigo sair, é mais além, é dentro de mim, do meu corpo, nos meus pensamentos. Para poder seguir e me buscar de novo eu tive que sumir. Não trabalho, não posso usar meu nome nas redes sociais, não posso mostrar nada sobre mim. Sou uma fugitiva, fujo do mal que me causaram, eu estive por anos em cativeiro e o mundo lá fora me assusta. Sou uma águia com a asa quebrada. Minha grandeza leva tombos por aí. Meus cabelos estão ficando brancos, tenho manchas no rosto, meu corpo não é mais o mesmo, não sou mais menina e me sinto como em uma pele que não é minha. É a pele da mulher, da mãe, cansada, desanimada, deprimida, sem tempo, sem rumo, sem família, sem amigos, sem carreira. Ao mesmo tempo que me sinto bem por ter o tempo que quiser para mim, não sei mais como viver lá fora. Nem sei que roupa usar, doei tudo o que não me agradava, que não tinha nada ver comigo, mas me pego hesitando, não sei mais o que usar, quem sou eu nesse corpo, sem maquiagem, com olheiras, tentando me amar como sou. E não consigo, estou presa, a porta está aberta, minha sabedoria sabe, mas foram tantos anos de anulação, de pessoas abusivas, de portas erradas...que me pego com medo de fazer tudo de novo errado... não confio em ninguém, minha história me fez assim, tenho medo de ser humilhada ou exposta. Nunca pude expressar meus sentimentos e minha dor quando mais precisava. Minha menina dormiu, é madrugada já, minha cabeça está cheia e sei que está agitação é porque minha alma pede mudança, pede que eu crie, sem precisar de aprovação, sem precisar de validação, minhas sombras são minha jornada e ao mesmo tempo uma dificuldade para mim que busco a insana perfeição. Me sinto quebrada (resultado dos abusos psicólogos que sofri). Eu sinto demais e não encontro onde desaguar. Tenho muitas responsabilidades, desde que acordo há 9 meses com dores nas articulações, perdi massa muscular, emagreci bastante, demorei pra voltar a andar depois do parto, eu voltei à vida e agora quando quero voltar a dançar, a ficar uma hora sozinha na semana, eu estou paralizando, estou morrendo de novo, estou sumindo, estou deixando de existir. Minha menina não é mais o bebê que recebi e não posso me apegar a isso. Ela cresce, ela me olha, ela necessita cada vez mais de mim e eu também preciso de mim. Mas minha alma só repousa dançando e não consigo voltar. Eu danço na minha mente. Mas preciso sentir no corpo, rodopiar, me embriagar de mim mesma. Quero cada vez mais ser mulher, mas como é difícil neste mundo cheio de enganos, as próprias mulheres não nos ouvem, ou será que eu mesma não me escuto?

A dualidade da maternidade

 



"Eu amo-te, e por vezes sinto falta de mim própria.

Tenho saudades de pensamentos que não estejam fragmentados. De conversas que não sejam sempre interrompidas. Sinto falta de poder terminar uma frase sem parar a meio do caminho para procurar uma palavra que uso todos os dias.

Amo-te, e sinto falta da espontaneidade, da forma como costumava sonhar coisas ridículas com a noção de que elas poderiam realmente acontecer no dia seguinte. Sinto falta de mandar a cautela ao vento e de não ser sempre tão responsável.

Amo-te, e sinto saudades do sono, estou gasta, apaixonada, e nesta labuta de amor. É a coisa mais difícil que alguma vez farei, e no entanto nunca foi tão fácil amar-te. Mas os meus olhos estão abertos tantas vezes durante a noite que acordo a sentir-me desfeita, desenterrando os meus calcanhares daquilo que me parece ser vidro, para mais um dia.

Amo-te, e tenho saudades dos domingos lentos, a turbulência dos nossos dias faz-me com que por vezes mal me reconheça no espelho. A forma como às vezes não reconheço a minha voz, a forma como sei que não devia ter gritado, o modo como o teu perdão, de alguma forma, dói mais.

Eu amo-te, e sinto falta de não me preocupar tanto. O mundo costumava assustar-me, e agora petrifica-me, porque não te posso refugiar nestes braços para sempre, não te posso proteger da dor. Tu hás-de sentir tudo isso e eu também, a tua felicidade fará o meu coração bater e a tua tristeza também aí se alojará.

Amo-te, e sinto falta de não partilhar a minha comida, o meu corpo, a minha cama. E no entanto, são todas estas coisas as que amo mais do que nunca, mas também sinto falta de passar tempo sozinha, e sinto falta de comer uma refeição que não seja apressada, para poder saboreá-la, falar com o meu marido antes das 21 horas sobre outras coisas que não sejam a nossa lista de afazeres.

Por vezes sinto falta destas coisas.

E no entanto, estas coisas esbatem-se em comparação com ver-te sorrir quando consegues algo, a forma como os teus olhos tremelicam enquanto te acaricio a testa, a forma como te vejo ser corajos@, ou carinhos@, ou curios@.

O modo como - de certa forma - me sinto mais "eu" do que nunca, contigo. É o mais ocupada que alguma vez estive, e no entanto é gradual e suave.

Eu amo-te.

Escolher-te-ia todas as vezes, estou apenas a encontrar pequenas maneiras de me escolher também a mim neste momento, para poder ser melhor.

Para mim,

Para ti."

 tradução livre do texto de Jess Urlichs, escritor.

via Clínica Amamentos

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

Maternar a si mesma

 


Este mês completamos 9 meses desde o seu nascimento e o meu renascimento. Mãe e filha, nossa jornada por este mundo. Eu, mãe sem mãe, sigo minha intuição, busco forças que não sei de onde tiro e coragem para seguir nosso caminho. De amor, de confiança, de alegria, nutrindo cada día nossa relação de mãe e filha. Eu mergulhei profundo, eu clamei por ti minha filha para nosso encontro deste lado, e juntas nos abraçamos, entre lágrimas, cansaço, ternura, amor, sangue. Olhar teus olhos pela primeira vez, ver que eras uma menina, minha tão esperada menina. E assim, vou trocando de pele, morrendo a cada ciclo, como agora sinto, uma nova fase nos espera. Somente nós duas dessa vez, onde nada mais vai nos atrapalhar. Assim me curo, me materno, eu que cresci rejeitada, anulada, invisível. Agora vejo que despertasse a mulher em mim, minha doce e selvagem menina. Minha alma se sente feliz, celebro as pequenas coisas, vejo o mundo como nunca havia visto, os problemas se tornam pequenos na tua companhia. E estou sempre aqui para ti e para mim mesma. Porque podemos ser grandes, podemos ser como irmãs que desejam o bem uma para a outra, podemos ser simplesmente mãe e filha, nossa versão de mãe e filha. Lilith nos guiando para sermos inteiras. E quanto passou até agora...enxerguei o que me passava, estou me afastando de uma família tóxica, estou crescendo, me tornei invisível para o mundo e visível para mim, descobri uma doença autoimune causada pelos traumas da infância e pelo relação complicada com a minha mãe, dei um basta nos abusos que vivi, tenho dores terríveis nas articulações, emagreci muito, perdi muito cabelo, tive síndrome do pânico e medos que jamais pensei em sentir, voltei a sorrir, a dançar, vou aprender a dirigir, vou aprender a viver, a me amar, a ser gentil com meus erros, dar espaço para as minhas dores e emoções, a não precisar de aprovação ou validação, a reconhecer meus talentos, voltar a usar minha criatividade, ser eu mesma, simples, imperfeita, excéntrica, mas eu mesma. Eu mal sei quem sou...tudo o que fui foi uma forma de sobreviver aos abusos que sofri. Eu sobrevivi, eu cuidei de mim mesma, eu me maltratei, mas agora eu me materno enquanto sou mãe. Pois nasci para isso, para não morrer por dentro por mais que tentassem, para ter alma e coração mesmo sem ter recebido amor. Sou mulher, sou fênix, Lilith me guia por meus abismos e o melhor de tudo, tenho a ti minha pequena, minha vida, minha sacerdotisa. Estamos aqui de novo, neste mistério da vida, juntas novamente. Eu encontrei meu lar contigo, eu que sempre me senti tão estranha e órfã neste mundo. Estou voltando para casa. Que alegria!!!!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Nascemos e crescemos com essa ferida...





A FALTA DA MÃE É A NOSSA FERIDA DE AMOR...

"O "Bem" já é natural nas mulheres devido a sua função de maternidade, ou seja, o "bem" tinha que existir nas "mães" para que estas pudessem cuidar dos filhos." Jan val Ellam

...O desejo ou obsessão do amor em geral e em exclusivo de alguém que nos preencha e complete é talvez um sintoma de uma doença baseada na imperfeição da humanidade, um estigma que nos marca logo ao nascer neste mundo que é assinalada como fonte de "pecado" por sermos filhas e filhos de Eva? Trata-se então como que de uma imperfeição congénita, uma condenação a priori, uma incompletude em que sofremos a separação de algo essencial ao nascermos...
Nascemos e crescemos com essa ferida, e por mais que tenhamos consciência ou intuição dessa quase anomalia - essa falta que nos projecta na busca incessante de algo - ela continua ou existe como um registo inconsciente, celular, impossível de descartar por vontade própria, assim só porque disso temos consciência... Nada podemos fazer para colmatar esse vazio...ele é existencial.
Podemos levar uma vida inteira a tentar superar este vazio no anseio ou sonho, ou quem sabe levamos muitas vidas para entender o mistério...
À partida, a busca de nós mesm@s leva-nos a busca do "outr@"", e começou na mãe ou no pai, no amante depois, mas todas somos vitimas dessa necessidade de consolo ou do abrigo, de protecção, e até de defesa, seja pois através d@ amante quer na mulher quer no homem, e isso é o sinal da nossa separabilidade e incompletude à nascença, por isso todos queremos voltar aos braços de uma Mãe Maior ou ao seu útero, ou simplesmente à origem - sendo que o homem e busca isso na sexualidade tentando entrar de novo no utero da mãe o que no fundo representa a busca desse AMOR-UNIÃO que todos/as procuramos - e essa é certamente a grande dor da solidão aquando da nossa caminhada na terra e a razão porque nascemos presos por um fio, um cordão umbilical e procuramos toda a vida o prolongamento desse fio, o Fio de Ariana; Ainda e sempre a Mãe, a Mulher-Deusa ou um Deus-Amor que nos faça sair do Labirinto, ou da nossa cegueira congénita...queda na matéria...
Mas eu pergunto, haverá no ser humano essa possibilidade de em si mesmo conseguir colmatar essa ferida ou esse vazio pela plenitude em si, ou cabe apenas a mulher, possuidora do dom da maternidade e da ternura, do "bem", essa qualidade e que quando ela Mãe falha, o mundo se desmorona aos olhos da criança de do adulto?
Haverá na mulher e nesse mistério inato do seu ser que nos serve de matriz e nos alimenta e nos forma enquanto seres equilibrados porque amados, a resposta a essa separação da origem?
A ser assim, a divisão da mulher e a criação da sua cisão e condenação pelo sexo, "o pecado" da criação ou o erro cósmico do criador caido? - levou a mulher perseguida pelo deus iracundo a alienar-se desse seu dom e poder e por isso a humanidade hoje é deficiente e cruel - uma humanidade sem Mãe - e portanto surge e prolifera o predominio da violência através do poder masculino em resposta a essa ferida, domina as sociedades, sendo a Mulher-Mãe uma das suas maiores vitimas?

Rosa Leonor Pedro
https://rosaleonor.blogspot.com/?m=1






sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

Abraçar nossos LUTOS

 



🍀🌻

ABRAZAR NUESTROS DUELOS

Abraçar nossos lutos


Tanto se é pela perda de um ente querido como de uma forma de vida, ou de uma comunidade que apreciava, o luto é a reação a separação do que amamos.

A perda dos nossos amores desencadeia um luto. A perda das nossas habilidades devido a enfermidades ou a idade desencadeia um luto. A perda da fé em nossa religião desencadeia um luto. A partida de nossos filhos de casa desencadeia a um luto. Os caminhos que não percorremos desencadeia a um luto. A família que nunca tivemos também é motivo de luto, como ser testemunhas do sofrimento do planeta. Mas, ainda que o luto pode parecer uma expressão de sofrimento que não tem nenhuma utilidade, na realidade, é o reconhecimento da alma daquilo que valorizamos. O luto é nossa forma de honrar o que apreciamos. Somente conectando com o que valorizamos podemos saber cómo seguir adiante. Neste sentido, o luto é movimento.

🍀🦋

No entanto, em nossa cultura, estamos muito pouco preparados para ele. Procuramos mantê-lo a uma saudável distância de nós e o tratamos como  «a um inimigo da alegria». O luto leva consigo uma vergonha tácita. Está autorizado em muitos poucos lugares, em pequenas doses e durante situações excepcionais. Fora dessas circunstâncias, se considera perigoso e um sinal de debilidad. Talvez porque tenhamos medo de nos afogarmos em nosso desespero, ou porque isso significa uma separação de um mundo que valoriza «a coesão» acima de tudo.

Mas o luto tem um papel essencial em nos desfazermos de nossos apegos anteriores. É a corrente necessário que nos conduzirá a seguinte etapa. Sem ela, ficaríamos travados nessa etapa da vida, que poderia limitar toda a gama de nossos sentimentos de estarmos vivos.

Não é fácil desenvolver este sentimento, especialmente se te convenceram sistemáticamente de fazer-lo. Pode ser que exista uma etapa inicial de estado de choque, de insensibilidade ou de irá, que terás que atravessar antes de poder conectar com essa dor acumulada. Em algumas ocasiões, se uma pessoa é capaz de ver tal como és, pode te ajudar a liberar o sofrimento que não és capaz de reconhecer. É como se te espetaram o coração com uma agulha e começa a cair uma torrente de lágrimas, porque sabes o que vistes é certo, e espera muito tempo esperando ouvir esta verdade. 


🍀🌻

Toko-pa Turner 🙏🧡

El verdadero significado de la pertenencia

#GermanaMartin #MujeresenCírculo

Tradução livre Bruna Vicente Leandro 

Sou fogo

 


Hoje eu decidi olhar as fotos de perfil da minha mãe. Nós últimos dez anos o mesmo olhar triste e sorriso forçado. Como posso ter me enganado tanto e acreditar que ela mudou alguma coisa? Hoje tenho plena consciência que não tive mãe, no sentido de amor, proteção, cuidado, carinho, apoio. Compreendo que todas as ajudas financeiras foi pelo status de ter uma filha que fez uma faculdade e estava atuando na área. Eu neguei o tratamento de frieza e manipulação porque buscava a sua aprovação, como qualquer filha busca. Mas consigo olhar as fotos e não sentir raiva ou tristeza, eu sinto muito por mim por ter invalidado minha dor fiz dizendo que a dela era maior, uma mulher que sempre buscou o amor que não recebeu da sua mãe e eu fazendo o mesmo...acordei de um grande sonho, idealização de mãe. Claro que essa relação nunca foi boa, tinha seus benefícios, todos materiais, presentes, plano de saúde, pagar algo que eu precisava, passear... só isso, nada amoroso e acolhedor. Ela é a vítima, a sofredora, a coitada e eu uma mulher forte, que tem que aguentar tudo, principalmente a falta de amor. Não mais, sinto muito, tenho raiva claro me sinto uma tola. Não resta ninguém, só minha autoestima rebaixada por tantos anos e minha autosabotagem. Eu mesma criei a prisão, está na hora de viver uma vida real, eu posso!! Chega de negar o melhor para mim e fazer tanto drama. Está na hora de encarar a vida com o que tenho, com o que sou e estar presente. Já me tiraram tanto, da minha energia, disponibilidade, da minha alma. É meu basta, estou aceitando, cada dia meu luto de mãe, de família. Nunca existiu nada parecido com amor. Só dor, conflito, manipulação, maldade...tenho compaixão, e eu só posso curar a mim mesma, ser fiel a mim mesma. Aqui estou, dos meus pedaços, sou fogo!!








sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Todas as mulheres são faces de mim mesma

 



Há tempos tenho uma dificuldade para me reconhecer em outras mulheres e olhá-las com amor, ao mesmo tempo que me dediquei através das terapias e da dança a ajudá-las a ter um tempo para si e para o seu feminino. Sempre foi um paradoxo na minha vida essa caminhada. Andar em direção a mulheres ao mesmo tempo que sempre senti um mal estar e rejeição grande por elas. Eu ajudava a olhar seu feminino, enquanto mal tinha tempo para o meu. Resumo disto: minha mãe, queria curá-la, e por muito tempo neguei sua frieza e falta de empatia por mim mesma, sua filha...

Eu gostaria de ter uma voz que fosse minha, mas estou fragmentada e mal me reconheço. Quando danço livre, me sinto novamente em minha Alma, por isso sempre gostei de dançar sozinha. Agora não danço mais como antes, algumas vezes para minha filha, mas estou repartida com ela, não consigo me desligar completamente e voltar mim...

E minha voz, essa voz lá de dentro, se calou nos últimos anos e hoje já nem sei mais o que falar. Às vezes sonhos que falo e não sai a voz, isso talvez porque nunca me escutaram de verdade. Como a relação com a mãe permeia toda a sua vida. Estou na minha caminhada para mim mesma e não para outras mulheres, mas também sinto e sei que é através de mulheres que nos reconectamos com as partes que perdemos.

E os caos, os meus pedacinhos quebrados, o meu perfeccionismo que tanto me impede de ser eu mesma. Ser mãe sem ter tido uma mãe de verdade. Hoje senti que por alguns minutos que não podia ser tão boa mãe, mas quando olhos nos olhos da minha menina, sinto que tudo está bem, há o nosso amor, essa energia que compartilhamos, o amor incondicional que não conheci, direto desta pequenina.  Eu não fui amada assim e tenho que aceitar e seguir em frente. Sem negar minha dor, meu abandono. Escolher a mim mesma, me amar e acolher minhas imperfeições. Por não estar inteira, mas estou em todas as mulheres que não gostam de mim, as que me admiram, as que me ignoram, as que me tratam sem empatia como minha mãe, estou nas que são maltratadas ou que maltratam, nas que amam de verdade, nas que cuidam e se entregam sem medo ao amor. Mas eu sou eu mesma, o poder que carrego, a dor e a alegria. Eu escolho o amor, e essa escolha por si é abrir mão do que conheço e mergulhar no desconhecido.



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

ALERTA ÁS MULHERES E DEUSAS

 ALERTA ÁS MULHERES E DEUSAS

PENSO QUE AGORA MAIS DO QUE NUNCA AS MULHERES SE DEVIAM UNIR E DEFENDER A SUA CONDIÇÃO DE MULHERES: é urgente defender o Principio Feminino, defender a Deusa e o Sagrado Feminino e essencialmente a Mulher do ataque e ameaça que começa nas meras designações de Mulher e Mãe que os dicionários acabam de alterar para apenas ser pessoa que menstrua, progenitora e pessoa grávida... ou CIS! Precisamos de nos unir e perceber que nos temos de empenhar no nossa afirmação de mulheres livres e assim defender a nossa integridade E CONDIÇÃO INALIENÁVEL de Mulheres fêmeas e de sacerdotisas da Deusa e não se ficarmos pelo POLITICAMENTE CORRECTO a alimentar e a permitir que a mulher seja destituída da sua designação e função simples de mãe e de mulher...

Este É um dos ataques dos mais perniciosos que a mulher sofreu ao longo dos séculos. POR ISSO faço este apelo a todas as mulheres que defendam a Mulher essência, a mulher sagrada pois se não o fizermos já, a curto prazo seremos todas coagidas e proibidas de nos pronunciar enquanto MULHERES!

Rosa Leonor Pedro 

Leiam bem o que se passa:


"Mulheres agora não existem mais enquanto sexo e classe sexual. O identitarismo trans/queer exige que sejamos nomeadas como "pessoas que menstruam', "portadoras de vagina" e que a palavra mãe seja substituida na medicina e na linguagem cientifica por "genitora'. Não temos mais direito à palavra que nos define porque pessoas do sexo masculino agora requisitam ser nomeados como "mulher trans" e nós somos "cis". Sexo não existe porque é assinalado ao nascer e não observado e a orientação sexual que o ativismo trans/queer admite é a bissexualidade, pois ser hetero, lésbica ou gay e se recusar a aceitar um parceiro trans, é transfobia. Lésbicas são xingadas de 'transfóbicas" se se recusam a ter relações com "penis femininos". Essa é a loucura dos dias atuais." (leitor anónimo)

sábado, 4 de fevereiro de 2023

As ovelhas negras

 AS "OVELHAS NEGRAS" DA FAMÍLIA  



As chamadas "ovelhas negras" da família são, na verdade, caçadores natos de caminhos de libertação para a árvore genealógica.

Os membros de uma árvore que não se adaptam às normas ou tradições do sistema familiar, aqueles que desde pequenos procuravam constantemente revolucionar as crenças, indo em contravia dos caminhos marcados pelas tradições familiares, aqueles criticados, julgados e mesmo rejeitados, esses, geralmente são os chamados a libertar a árvore de histórias repetitivas que frustram gerações inteiras.

As "ovelhas negras", as que não se adaptam, as que gritam rebeldia, cumprem um papel básico dentro de cada sistema familiar, elas reparam, apanham e criam o novo e desabrocham ramos na árvore genealógica.

Graças a estes membros, as nossas árvores renovam as suas raízes. Sua rebeldia é terra fértil, sua loucura é água que nutre, sua teimosia é novo ar, sua paixão é fogo que volta a acender o coração dos ancestrais.

Incontáveis desejos reprimidos, sonhos não realizados, talentos frustrados de nossos ancestrais se manifestam na rebeldia dessas ovelhas negras procurando realizar-se. A árvore genealógica, por inércia quererá continuar a manter o curso castrador e tóxico do seu tronco, o que faz a tarefa das nossas ovelhas um trabalho difícil e conflituoso.

No entanto, quem traria novas flores para a nossa árvore se não fosse por elas? Quem criaria novos ramos? Sem elas, os sonhos não realizados daqueles que sustentam a árvore gerações atrás, morreriam enterrados sob as suas próprias raízes.

Que ninguém te faça duvidar, cuida da tua"raridade" como a flor mais preciosa da tua árvore. Tu és o sonho de todos os teus antepassados.

Bert Hellinger

via: Tatiana Guimarães   

 É desta oração que derivou a versão atual do "Pai-Nosso".Ela está escrita em aramaico, numa pedra branca de mármore, em Jerusalém...